31/12/2011

ANO VELHO DE VILÕES...(VILANIA) - ANO NOVO DE LADRÕES...



foto pública tirada da net
*
ANO VELHO DE VILÕES...(VILANIA)
ANO NOVO DE LADRÕES...
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no meu país torpe mentira
ano a ano procurando me fiz crescendo
rispidez obediência tortura
alegrete de comédia ou drama ou sátira
à vez de dentro a cena me adormecendo
sedento de carinho e ternura
à espera do tempo novo que sentira
na evolução de mim o sendo
para o humanismo d'amor e alma pura
*
não procurei ou quis riqueza
ano a ano sem eu querer me fiz apátrida
ateu de vilãos ensandecidos
troquei o meu saber servindo a avareza
ingénuamente acreditando ser à partida
cruzar os tempos já vencidos
avesso à melancólica e mórbida tristeza
um de entre os mais nesta vida
a vencer a vileza dos poderes desvalidos
*
escolhi caminho por teimosia
ou desígnio cósmico nos genes embutido
naufraguei e a salvo me julguei
quando o tempo cedeu e cheira a maresia
mas era falsa esta esperança sem sentido
apátrida não pode confiar na lei
por mais que viva embrulhado em poesia
o tempo não perdoa ser vencido
*
ano velho de vilões inda a prazo
um povo inteiro por medo se abastardou
roubado na alma e no coração
sem vontade de vencer o milenar atraso
nem legitimar sua defesa a quem roubou
ano velho de vilões sem emoção
onde navego rebelde a ser por um acaso
o pária que da pátria se imolou
cercado pela vilania dos doutos da nação
*
ano novo de ladrões vetustos
e dos novos da mediocridade fanáticos
com aval da mediana fantasia
falidos da esperança criminosos astutos
adensam as teias com sábios lunáticos
cortam o pensamento que luzia
julgam-se deuses da verdade absolutos
sendo e só efémeros mediáticos
ante a grandeza apátrida de toda poesia
***
autor:jrg... [(pária...apátrida...)cidadão da MÁTRIA em construção...]

27/12/2011

LISBOA SITIADA...


foto pública tirada da net

*
LISBOA SITIADA...
*
imagino Lisboa sitiada a transbordar
da alma cheia de país
vêm de sul Algarve da raia e Alentejo
do interior e rés ao mar
da beira à revelia do tempo douto juiz
amontoados em cortejo
**
não pagam nem coimas nem portagens
vêm a pé ou de carroça
de bicicleta à vez da alma indignados
no desacerto das miragens
trazem olhos de esperança que destroça
o medo incutido aos deserdados
**
sob escolta agressiva de carros de combate
o olhar firme lábios cerrados
vêm pedir contas ao mundo escalavrado
que os tem como gado para abate
galgam caminhos por estradas e montados
povo guerreiro do amor achado
**
Lisboa transborda de corações a arder
também do norte e emigração
um sussurro de vozes suores e cansaços
de gente maior que afronta o poder
agitando a chama incendeia a revolução
contra o cinismo dos devassos
**
e de repente sobre um silêncio extasiante
irrompe uma voz num cântico
sob uma sinfonia poderosa de encantamento
vem do lado do rio ou a montante
deste mar de gente que se levanta autentico
livre de ser seu o alto pensamento
**
"erguidos os povos
sob a falência dos desígnios
de absurdos nacionalismos
com que nos encheram
consciências
carregaram de ódios
vinganças morticínios 
e nos dividiram em lotes de subserviência
a uma ordem invertida
em nome de falsas 
segurança justiça partilha
*
e outra e outra tantas outras tantas
*
levaremos de vencida
a ganância a hipocrisia o medo
a inveja e o poderio avaro
dos que manipulam a riqueza
e construiremos um mundo
novo sustentado
de realidade transparente
muralhado de amor
solto de preconceitos e segredos
onde a alma humana 
seja um todo da natureza
*
figuras magníficas exuberantes do belo
*
de pé companheiras
porque são femininos os tempos novos
alerta companheiros
o tempo dos guerreiros já findou
tudo o que é supérfluo
que nos foi incutido por malícia
no luzir da decadência
a especulação do corpo da mulher
a violência sobre as crianças
a terra queimada
a extinção de espécies derradeiras"
*
erguidas como deusas sobre o mar de gente
*
eram vozes poderosas galopantes
de tenores barítonos
e sopranos em mágico movimento
surgindo como por encanto
envolvidos na música e por ela arrebatados
devolvendo a energia aos sitiantes
*
"de pé erguendo a era nova da mudança
sobre os fragmentos dispersos
do poder servil prepotente patético
vitima voraz da sua ambição
o que trazemos de novo é o humanismo
na sua real e pura dimensão
onde cada ser vivo tem um papel importante
abolidas todas as guerras
e o direito de expansão da vil riqueza
o que trazemos é a liberdade
inteira de viver a paz o amor a fraternidade"
*
suspenso dum Zepelim o maestro exultava d'alegria
*
e o mar de gente numa maresia de silêncio
tocada pelo eco da memória
pôs-se lentamente em convulsivo movimento
tomou por asfixia decrépito e néscio
o poder da mentira recolhido em falaciosa oratória
implantou  audaz o pensamento
**
Lisboa perante tanto país em fúria capitulou
sem honra sem dignidade ou nobreza
pediram clemência os facínoras mal-feitores
à ópera que a todos empolgou
e logo ali em manifesto sim se aboliu tristeza
porque a era nova é dos amores
*
autor:jrg

25/12/2011

UM PASSO NA CONSTITUIÇÃO DA MÁTRIA...

foto pública tirada da net

***
UM PASSO NA CONSTITUIÇÃO DA MÁTRIA...
«««//»»»

sete mulheres formam uma molécula...          são -               7
cada sete moléculas formam uma célula..      são -             49
cada sete células formam um gene....             são -           343
cada sete genes formam um ovário...             são -        2.401
cada sete ovários formam um cromossoma..  são -      16.807
cada sete cromossomas formam um útero...   são -    117.649
cada sete úteros formam um coração...           são -     824.143
cada sete corações formam um cérebro...       são -  5.769.001
dois cérebros formam  a alma MÁTRIA...     são -11.538.002
**
sete mulheres ateiam fogos
sete moléculas debitam energia
sete células refazem raízes
sete genes expandem memórias
sete ovários geram humanismo
sete cromossomas mudam a história
sete úteros educam gerações
sete corações espalham o amor
dois cérebros consolidam a paz
**
usaremos o conhecimento e a sabedoria
para que cada um tenha sua parte
comeremos da terra e do mar o que der
não toleraremos o roubo ou morte
mas cuidaremos das crianças e ineptas
cultivaremos bom senso harmonia
na deriva transparente do entendimento
aboliremos o dinheiro o ouro o ter
causas maiores da decadência humana
**
cuidaremos das árvores das plantas coloridas flores
protegeremos as espécies animais
as ribeiras os riachos os rios os lagos a beleza do mar
incitaremos as artes à irreverência
unidos à MÁTRIA e pela MÁTRIA mãe sem preconceitos
simplificaremos dos actos e das palavras
o sofisma dos enredos de complexa interpretação
por um novo e lúcido humanismo
onde a vida seja o princípio e o fim da consciência
**
autor: jrg

22/12/2011

NATAL POR LOTES DE POVO...


imagem pública tirada da net
**
NATAL POR LOTES DE POVO...
**
quanto de natal ainda nos resta
neste glaciar de gente que nos afunda
num mar de fogo das palavras que  resistem
quanta mentira mora nesta festa
recheio d'hipocrisia que nos circunda
dentro dum mundo de ladrões que coexistem

um cometa guiou-me até à tela
vejo gaspar o mago mimando a cena
do lider laico que expulsa vermes excedentes
onde a negro o fundo me revela
esta miserável gente que nos governa
rumo ao abismo do não sermos conscientes

tolhidos na surpresa os idosos
aura do poente fora de prazo insólito 
vêem saqueado sem apelo seu parco espólio
enquanto lhes pregam ruidosos
sermões de equidade ao roubo público
em nome de um estado do direito perdulário

eles bem esgrimem argumentos
masturbações frustradas da oratória
aplaudidas de pé por medíocres salafrários
bênçãos de sábios e unguentos
criminosos assumidos nesta história
que partilham entre si honras e honorários 

o mar cresce na revolta a dor
as aves procuram poiso espavoridas
as crianças de rua suspendem o andamento
se faz sentido que falte amor 
quando celebram austeras medidas
em lotes de povo avesso a todo pensamento 

sou reformado ou pensionista
acreditei de boa fé na avara fidúcia
que amealhou investiu e programou o crédito
onde já rejubila o prestamista
fora da lei na pilhagem com argúcia
uma matilha de agiotas a subverter o mérito

não há futuro para um tal país
que repudia seus velhos e os maltrata
que os reduz a lixo sem préstimo irreciclável
não pode o povo loteado na raíz
ser orgulhoso de alma justa na sucata
refém passivo desta súcia de si tão execrável

autor: jrg

18/12/2011

MENSAGEM DE NATAL !...



foto de : Photobucket
*

MENSAGEM DE NATAL !...

*
natal era
a refeição de carne
os doces os presentes
a magia
de haver um deus igual a mim
*
natal era
rapar os tachos de iguarias
estrear roupa e
bota nova o banho
colher sorrisos de fraternidade
*
natal era
sonhar em cada sobressalto
da madrugada
espreitar o sapatinho à chaminé
a ver se o sonho me acordava
*
natal era 
a matança galinácea
a família a tribo à braseira
as conversas solidárias
à luz dos candeeiros a petróleo
*
natal era
já então a hipocrisia do amor
o beijo comprometido
os brindes a troca dos interesses
dum povo orgulhoso de si só
***
natal passou a ser
um dia virginal de vasto amor
dois dias de descanso
o negócio dos afectos com deus a morrer
vitima do conhecimento
*
o natal passou a ser
a tradição saudosa dos avós
o alimentar de ilusões
nas crianças bajuladas de atenção
famintas de afectos
*
o natal passou a ser
as férias a festa orgásmica fugaz
o ser natal pelas crianças
a exibição de mais ter que parecer
a sentir os outros por rivais
*
o natal passou a ser
o dia de partilhar a solidão
de olhar o outro sem ver nele o estranho
mas atento ao ser demais
de perder na festa o valimento
*
natal passou a ser
dia de boa disposição obrigatória
oferecem flores livros aromas
sobem os juros e mais valias agiotas
dum povo global de euforia
***
natal hoje é
o volte face com deus fora de cena
se não fossem as crianças
intoxicadas pelo fluxo da propaganda
a mesa menos farta de alegria
*
natal hoje é
na ostentação o brilho da tristeza
o medo a perda da ilusão
a exaltar o ânimo do homem como meio
vencido pela técnica e a usura
*
natal hoje é
um compasso de espera na esperança
a dar um tempo à revolta
de toda a fera quando aprisionada
que até a natureza espanta
*
natal hoje é
dia mítico de memória recente
que já não vale a pena de todo engalanar
carente de humanidade
dia festivo dos abutres da rapina
*
natal hoje é
uma festa sem emoção nem tréguas marginal
à beira de total incumprimento
onde o beijo o abraço o sorriso
são manjar de esperança do novo renascimento

*
felizes os pobres de "amor" infectados
será deles o reino do novo humanismo

autor: jrg

14/12/2011

MATRIARCA...


foto de Paula Pereira
*
MATRIARCA...
*
um halo de luz num céu sombrio
de sonhos rosa vestida
o ventre de vida estremecendo
mãe mulher de alto brio
que recusa pelo caos ser vencida
levanta o véu tecendo
teias de amor sobre o sangue frio
*
desliza pelo silêncio adejando
toca todo o ser mulher
acorda a coragem inconsciente
de onde ágil perturbando
a ordem patriarcal  já a fenecer
ergue vitoriosa sua mente
atrai à mudança o povo brando
*
vem doce tão bela no seu esplendor
ornada a humildes saberes
chama que abriga a alma feminina
na firme armadura do amor
com que exibe e planta seus poderes
usurpados ainda era menina
por quem viu nela a força d'além dor
*
convoca as adúlteras as prostitutas
que a ordem pátria profanou
as descrentes submissas à violência
vítimas das medidas astutas
que o homem vil para elas inventou
subleva da mãe a consciência
convoca púberes as mulheres adultas
*
já o sol no alvor da fria madrugada
aviva sonho e pensamento
ferindo de morte o pesadelo agonizante
quem lá vem não usa espada
nem aterroriza pela lei o valimento
é mãe que cuida eternamente
e espalha amor da alma pura adocicada
*
quem lá vem é MÁTRIA mulher inteira
luz de justiça e de esperança
liberta das vis amarras mercantilistas
adúlteras da alma pioneira
rasga as convenções semeia confiança
onde jazem as mentes elitistas
ela constrói uma nova era a derradeira
*
autor: jrg

10/12/2011

GRITO PARA MEMÓRIA FUTURA !...



O Grito (Edvard Munch)
*
GRITO PARA MEMÓRIA FUTURA!...
**
hoje
dia dez do mês de Dezembro
do ano judaico cristão
de dois mil e onze
o meu grito de indignação e revolta
de impotência
sem direito de defesa
ecoa para que se fixe na memória
futura dos tempos
**
hoje
porque é o dia dez de todos os meses
o governo deste país
onde faz anos que nasci
consumou em mim e mais uns quantos
a sua sanha vampiresca
de submeter ao medo a liberdade
cortando o rendimento
aos que na escravidão o suportam
**
hoje
décimo dia do mês hipócrita de Natal
o meu grito delirante
denuncia esta associação criminosa
que me nos saqueia impunemente
e se ri no momento da sórdida partilha
dos despojos dum povo
hipotecando o seu valor por cobardia
de pensar um mundo novo
***
autor: jrg

01/12/2011

CARTA/APELO, AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE PORTUGAL !


Excelentíssimo Senhor Presidente da República Portuguesa

Acreditando que Vossa Excelência é o último garante da Constituição da República Portuguesa, em nome dos direitos liberdades e garantias, nela consagrados, e no seguimento das suas preocupações, publicamente manifestadas, sobre a equidade e justeza das medidas então já anunciadas para este orçamento de estado, agora aprovado, venho apelar à sua consciência humana, para que exerça o seu poder de Veto, sobre as medidas prepotentes e discricionárias no corte de salários a uma franja da população Portuguesa, nomeadamente no que toca à supressão dos rendimentos dos reformados de carreira contributiva prolongada, no último estádio da existência, que confiaram na honra,
bom nome e respeito pelo direito, do estado Português.
com humildade e esperança

joão raimundo gonçalves
reformado

21/11/2011

PROJECTO DE CONSTITUIÇÃO DA COMUNIDADE MATRIARCAL...cont.



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...continuação...
Artigo 6.º
(Estado unitário)
1. A MÁTRIA é unitária e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico das comunidades locais e da descentralização democrática da Administração Pública.
Artigo 7.º
(Relações internacionais)
1. A MÁTRIA rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência do seu regime matriarcal, do respeito dos direitos do homem, do respeito dos direitos da criança, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para o desenvolvimento e o progresso da humanidade.
2. A MÁTRIA preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo, de todas as formas de ditadura, incluindo a financeira, e todas as formas de domínio nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.
3. A MÁTRIA reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição, ao direito de ligitima defesa contra todas as formas de opressão.
4. A MÁTRIA mantém laços privilegiados de amizade e cooperação com os países de organização Matriarcal.
5. A MÁTRIA empenha-se no reforço da identidade Matriarcal e no fortalecimento da acção das comunidades Matriarcais a favor da democracia, da paz, do progresso económico e da justiça nas relações entre os povos.
6. A MÁTRIA pode, em condições de reciprocidade, com respeito pelos princípios fundamentais do Estado de direito Matriarcal democrático e tendo em vista a realização da coesão económica, social e territorial, de um espaço de liberdade, segurança e justiça e a definição e execução de uma política externa, de segurança e de defesa comuns, convencionar o exercício, em comum, em cooperação ou delegando noutras instituições do mundo reconhecidas pela sua identidade humanista, os poderes necessários à construção e aprofundamento da união MÁTRIA internacional.
7. A MÁTRIA pode, tendo em vista a realização de uma justiça internacional que promova o respeito pelos direitos da pessoa humana e dos povos, aceitar a jurisdição dum Tribunal Penal Internacional.
Artigo 8.º
(Direito internacional)
1. As normas e os princípios de direito internacional geral ou comum fazem parte integrante do direito da MÁTRIA, salvo se ferirem a essência dos principípios que consubstanciam a origem e o efeito do exercício Matriarcal.
2. As normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem internacionalmente a comunidade Matriarcal.
3. As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que a MÁTRIA seja parte vigoram directamente na ordem interna, desde que tal se encontre estabelecido nos respectivos tratados constitutivos.
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais da administração MÁTRIA)
São tarefas fundamentais da administração:
a) Garantir a independência territorial e criar as condições políticas, económicas, sociais e culturais que a promovam;
b) Garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito pelos princípios da MÁTRIA de direito democrático;
c) Defender a democracia directa, assegurar e incentivar a participação democrática dos cidadãos na resolução dos problemas comuns;
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade real entre todos, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do povo , defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais,defender os direitos de todos os animais, promover a protecção ambiental e assegurar um correcto ordenamento do território;
f) Assegurar o ensino em massa e a valorização permanente, de todas as camadas da população, defender o uso e promover a difusão internacional duma língua Universal humana tendo em vista homogeneizar as diferentes culturas humanas e unir as civilizações a torno da alma huamana comum ;
h) Promover a igualdade entre mulheres e homens, sempre no respeito do princípio de que a origem da vida tem por base a alma e o corpo feminino.
Artigo 10.º
(Sufrágio universal e organizações politicas)
1. O povo exerce o poder político através do referendo, directo, secreto e periódico, para sufragar os elementos propostos para os diversos departamentos da administração e as medidas de carácter geral por ela julgadas necessárias ao desenvolvimento do bem estar estar geral
  1. as comunidades locais concorrem para a organização e para a expressão da vontade popular, no respeito pelos princípios constituintes da MÁTRIA, da unidade Matriarcal e da democracia política.
...continua...
autor:jrg

18/11/2011

PROJECTO DE CONSTITUIÇÃO DA COMUNIDADE MATRIARCAL...



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***
PROJECTO DE CONSTITUIÇÃO DA COMUNIDADE MATRIARCAL...(continuação)
...
Princípios fundamentais
Artigo 1.º
(Comunidade Matriarcal)

A MÁTRIA é uma comunidade soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular, empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária, assente no princípio matriarcal da origem da vida .

Artigo 2.º
(Comunidade de direito democrático)
A MÁTRIA é uma comunidade de direito democrático, baseada na soberania popular das assembleias matriarcais, no pluralismo de expressão e organização social democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais de toda a criatura humana, bem como da natureza e outros seres vivos envolventes, no âmbito da mais ampla democracia participativa

Artigo 3.º
(Soberania e legalidade)
1. A soberania, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição, tendo como base as suas origens, diversidade cultural e respeito pelo direito à diferença.
2. A administração comunitária subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade da democracia participativa.
3. A validade das leis e dos demais actos da administração, e de quaisquer outras entidades públicas, por ela delegadas, depende da sua conformidade com a Constituição.

Artigo 4.º
(Cidadania )
São cidadãos da MÁTRIA todos aqueles que como tal sejam considerados pela lei ou por adesão aos princípios fundamentais do Matriarcado e ao novo Humanismo nela inerente.

Artigo 5.º
(Território)
1. A MÁTRIA abrange o território historicamente definido no continente europeu e os arquipélagos adjacentes, se estes não optarem por outra via de desenvolvimento ou de soberania.
2. A lei define a extensão e o limite das águas territoriais, a zona económica exclusiva e os direitos da MÁTRIA aos fundos marinhos contíguos.
3. A administração não aliena qualquer parte do território ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem a devida rectificação, referendada pela parcela de comunidade que fundamente e consubstancie tal alienação.

...continua...
contribuição de jrg

O QUE AÍ VEM...É A MÁTRIA!...

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***
Em discurso aos manifestantes de Nova York, o filósofo esloveno Slavoj Žižek, adverte sobre desafios que virão após a catarse política das ocupações...
***
Não se apaixonem por si mesmos, nem pelo momento agradável que estamos tendo aqui. Carnavais custam muito pouco – o verdadeiro teste

de seu valor é o que permanece no dia seguinte, ou a maneira como nossa vida normal e cotidiana será modificada. Apaixone-se pelo

trabalho duro e paciente – somos o início, não o fim. Nossa mensagem básica é: o tabu já foi rompido, não vivemos no melhor mundo

possível, temos a permissão e a obrigação de pensar em alternativas. Há um longo caminho pela frente, e em pouco tempo teremos de

enfrentar questões realmente difíceis – questões não sobre aquilo que não queremos, mas sobre aquilo que queremos. Qual organização

social pode substituir o capitalismo vigente? De quais tipos de líderes nós precisamos? As
alternativas do século XX obviamente não servem.

Então não culpe o povo e suas atitudes: o problema não é a corrupção ou a ganância, mas o sistema que nos incita a sermos corruptos. A

solução não é o lema “Main Street, not Wall Street”, mas sim mudar o sistema em que a Main Street não funciona sem o Wall Street.

Tenham cuidado não só com os inimigos, mas também com falsos amigos que fingem nos apoiar e já fazem de tudo para diluir nosso

protesto. Da mesma maneira que compramos café sem cafeína, cerveja sem álcool e sorvete sem gordura, eles tentarão transformar isto aqui

em um protesto moral inofensivo. Mas a razão de estarmos reunidos é o fato de já termos tido o bastante de um mundo onde reciclar latas de

Coca-Cola, dar alguns dólares para a caridade ou comprar um cappuccino da Starbucks que tem 1% da renda revertida para problemas do

Terceiro Mundo é o suficiente para nos fazer sentir bem. Depois de terceirizar o trabalho, depois de terceirizar a tortura, depois que as

agências matrimoniais começaram a terceirizar até nossos encontros, é que percebemos que, há muito tempo, também permitimos que nossos
engajamentos políticos sejam terceirizados – mas agora nós os queremos de volta.

Dirão que somos “não americanos”. Mas quando fundamentalistas conservadores nos disserem que os Estados Unidos são uma nação

cristã, lembrem-se do que é o Cristianismo: o Espírito Santo, a comunidade livre e igualitária de fiéis unidos pelo amor. Nós, aqui, somos o

Espírito Santo, enquanto em Wall Street eles são pagãos que adoram falsos ídolos.

Dirão que somos violentos, que nossa linguagem é violenta, referindo-se à ocupação e assim por diante. Sim, somos violentos, mas somente

no mesmo sentido em que Mahatma Gandhi foi violento. Somos violentos porque queremos dar um basta no modo como as coisas andam –

mas o que significa essa violência puramente simbólica quando comparada à violência necessária para sustentar o funcionamento constante

do sistema capitalista global?

Seremos chamados de perdedores – mas os verdadeiros perdedores não estariam lá em Wall Street, os que se safaram com a ajuda de

centenas de bilhões do nosso dinheiro? Vocês são chamados de socialistas, mas nos Estados Unidos já existe o socialismo para os ricos. Eles

dirão que vocês não respeitam a propriedade privada, mas as especulações de Wall Street que levaram à queda de 2008 foram mais

responsáveis pela extinção de propriedades privadas obtidas a duras penas do que se estivéssemos destruindo-as agora, dia e noite – pense

nas centenas de casas hipotecadas...

Nós não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que merecidamente entrou em colapso em 1990 – e lembrem-se de que os

comunistas que ainda detêm o poder atualmente governam o mais implacável dos capitalismos (na China). O sucesso do capitalismo chinês

liderado pelo comunismo é um sinal abominável de que o casamento entre o capitalismo e a democracia está próximo do divórcio. Nós somos comunistas em um sentido apenas: nós nos importamos com os bens comuns – os da natureza, do conhecimento – que estão ameaçados pelo sistema.

Eles dirão que vocês estão sonhando, mas os verdadeiros sonhadores são os que pensam que as coisas podem continuar sendo o que são por

um tempo indefinido, assim como ocorre com as mudanças cosméticas. Nós não estamos sonhando; nós acordamos de um sonho que está se

transformando em pesadelo. Não estamos destruindo nada; somos apenas testemunhas de como o sistema está gradualmente destruindo a si

próprio. Todos nós conhecemos a cena clássica dos desenhos animados: o gato chega à beira do precipício e continua caminhando,

ignorando o fato de que não há chão sob suas patas; ele só começa a cair quando olha para baixo e vê o abismo. O que estamos fazendo é

simplesmente levar os que estão no poder a olhar para baixo...

Então, a mudança é realmente possível? Hoje, o possível e o impossível são dispostos de maneira estranha. Nos domínios da liberdade

pessoal e da tecnologia científica, o impossível está se tornando cada vez mais possível (ou pelo menos é o que nos dizem): “nada é

impossível”, podemos ter sexo em suas mais perversas variações; arquivos inteiros de músicas, filmes e seriados de TV estão disponíveis

para download; a viagem espacial está à venda para quem tiver dinheiro; podemos melhorar nossas habilidades físicas e psíquicas por meio

de intervenções no genoma, e até mesmo realizar o sonho tecnognóstico de atingir a imortalidade transformando nossa identidade em um

programa de computador. Por outro lado, no domínio das relações econômicas e sociais, somos bombardeados o tempo todo por um

discurso do “você não pode” se envolver em atos políticos coletivos (que necessariamente terminam no terror totalitário), ou aderir ao

antigo Estado de bem-estar social (ele nos transforma em não competitivos e leva à crise econômica), ou se isolar do mercado global etc.

Quando medidas de austeridade são impostas, dizem-nos repetidas vezes que se trata apenas do que tem de ser feito. Quem sabe não chegou a hora de inverter as coordenadas do que é possível e impossível? Quem sabe não podemos ter mais solidariedade e assistência médica, já que não somos imortais?

Em meados de abril de 2011, a mídia revelou que o governo chinês havia proibido a exibição, em cinemas e na TV, de filmes que falassem de

viagens no tempo e histórias paralelas, argumentando que elas trazem frivolidade para questões históricas sérias – até mesmo a fuga fictícia

para uma realidade alternativa é considerada perigosa demais. Nós, do mundo Ocidental liberal, não precisamos de uma proibição tão

explícita: a ideologia exerce poder material suficiente para evitar que narrativas históricas alternativas sejam interpretadas com o mínimo

de seriedade. Para nós é fácil imaginar o fim do mundo – vide os inúmeros filmes apocalípticos –, mas não o fim do capitalismo.

Em uma velha piada da antiga República Democrática Alemã, um trabalhador alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que todas

as suas correspondências serão lidas pelos censores, ele diz para os amigos: “Vamos combinar um código: se vocês receberem uma carta

minha escrita com tinta azul, ela é verdadeira; se a tinta for vermelha, é falsa”. Depois de um mês, os amigos receberam a primeira carta,

escrita em azul: “Tudo é uma maravilha por aqui: os estoques estão cheios, a comida é abundante, os apartamentos são amplos e aquecidos,
os cinemas exibem filmes ocidentais, há mulheres lindas prontas para um romance – a única coisa que não temos é tinta vermelha.” E essa

situação, não é a mesma que vivemos até hoje? Temos toda a liberdade que desejamos – a única coisa que falta é a “tinta vermelha”: nós nos

“sentimos livres” porque somos desprovidos da linguagem para articular nossa falta de liberdade. O que a falta de tinta vermelha significa é

que, hoje, todos os principais termos que usamos para designar o conflito atual – “guerra ao terror”, “democracia e liberdade”, “direitos

humanos” etc. etc. – são termos falsos que mistificam nossa percepção da situação em vez de permitir que pensemos nela. Você, que está aqui

presente, está dando a todos nós tinta vermelha.

Por Slavoj Žižek | Tradução: Rogério Bettoni, Blog da Boitempo

nota: texto partilhado do mural dos escritores

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O filósofo sente que algo está para acontecer...mas não sabe o quê...eu penso que a grande revolução iminente tem raízes na memória livre da humanidade...o sistema caduco do capitalismo financeiro e a falência pré-anunciada do seu modelo económico, colocam um ponto final no desvario de viver em louca correria para ser o primeiro de nada...sendo uma revolução profunda, ela tenderá a virar o avesso da história para a sua origem natural...a MÁTRIA é a grande oportunidade do homem se remir dos erros e dos medos da sua atribulada evolução...
jrg